Banff, Canadá, Destinos

Banff e Lake Louise | Canadá

20 set 2018

Acho que esse foi um dos posts de viagem que eu demorei mais tempo para escrever. Foram tantas lembranças, anotações, pesquisas… quis realmente passar para vocês todos os detalhes do que eu vivi por lá e do que eu achei bacana para recomendar tudo tim tim, por tim tim. Até porque, como eu contei aqui, achei um tanto quanto complicado achar informações realmente úteis sobre as Montanhas Rochosas Canadenses, Banff e Lake Louise.

Pra começar, aquilo que todo mundo chama apenas de Banff, na verdade é um pouco mais. Banff é a principal cidade da região das Montanhas Rochosas, que abriga o imenso Banff National Park. É nesse parque que você encontra aqueles lagos maravilhosos, dignos de fotos de fundo de tela do computador e pastas lotadas de pins no Pinterest.

O Parque Nacional Banff é um parque nacional canadense e o mais velho do Canadá, estabelecido em 1885 nas montanhas rochosas. O parque está localizado a 110- 180 quilômetros a oeste de Calgary, na província de Alberta, abrangendo cerca de 6.641 quilômetros quadrados, de terreno montanhoso, com inúmeras geleiras, campos de gelo, densas florestas de coníferas, e paisagens alpinas. O principal centro comercial do parque é a cidade de Banff, no vale do Rio Bow. O parque é um patrimônio mundial da Unesco.

A Canadian Pacific Railway foi instrumental nos primeiros anos de Banff, construindo o Hotel Banff Springs e o Château Lake Louise, atraindo turistas através de publicidade extensiva. Desde 1960, as acomodações do parque ter sido abertas todos os anos, as visitas de turismo anuais em Banff aumentaram para cerca de 5 milhões a partir da década de 90 Milhões de pessoas passam pelo parque através da Rodovia Trans-Canadá. Como Banff tem mais de três milhões de visitantes anualmente, a saúde de seu ecossistema tem sido ameaçada. Em meados da década de 90, Parks Canada respondeu iniciando um estudo de dois anos, que resultou em recomendações de gestão e novas políticas que visam preservar a integridade ecológica do local. (Fonte: Wikipedia)

Chegando

Você pode voar para Calgary ou Edmonton e de lá pegar um carro ou um motorhome para ir até o Parque. Essa é a opção mais rápida e sem dúvidas a que eu recomendo. Muitas pessoas, saem de Vancouver já de carro e vão até lá. Essa pode ser uma outra opção caso você esteja na cidade e tenha bastante tempo de viagem.

Nós voamos de Toronto até Calgary (4h de vôo), dormimos uma noite por lá no Days Inn (pertinho do aeroporto e baratinho, só pra passar a noite e seguir viagem no dia seguinte) e alugamos um carro para nos deslocar pelo Parque.

Se você for de Calgary para o Parque de carro, recomendo que você fique atento ao GPS e não deixe que ele te tire da 1A, a Icefields Parkway. O caminho por ela é um pouquinho mais longo, mas é lindíssimo e vale muito a pena.

Se vocês forem no verão recomendo MUITO que vocês façam todas as reservas com bastante antecedência. Isso inclui comprar passagens de avião, alugar o carro e reservar os hotéis.


Melhor época para ir

Com certeza a melhor época para conhecer os lagos e ver essas cores lindas é no verão. De junho a setembro as temperaturas estão mais altas, os lagos estão descongelados, quase não chove e a paisagem que você vai encontrar vai ser mais colorida.

No inverno, a região é tomada por neve e por temperaturas congelantes. Mas pode ser uma boa pedida para quem quer esquiar ou fazer esportes de neve. De qualquer forma, lembre-se que nessa época os lagos estão completamente congelados e as paisagens estão mais cinzas.

Seguro Viagem

Como expliquei no post de Toronto, para entrar no Canadá não é obrigatório que você tenha um seguro viagem (como é o caso da Europa, por exemplo), porém, eu NUNCA recomendo que você viaje, para nenhum lugar do mundo, sem um seguro. Nunca!

Especialmente para essa viagem, onde você irá fazer trilhas na mata fechada, pode encontrar animais selvagens e vai andar muito de carro para lá e para cá, recomendo que você esteja segurado antes de sair do Brasil.

O seguro não é apenas médico. Em quase todas as empresas eles cobrem atraso e perda de bagagens, rastreio das mesmas em caso de atraso… isso é ótimo! Nós mesmos tivemos problema com a nossa mala nessa viagem e o seguro cobriu todos os nossos gastos lá.

Eu sempre recomendo o comparador de preços e coberturas da Real. Ele te dá uma boa visão do que as empresas estão oferecendo e qual o valor de cada seguro. Ai você consegue escolher aquele que é melhor pra você sem pagar a mais por isso. Sempre faço com eles e nunca tive problemas.

Como se locomover

Esse é um ponto bastante importante no desenvolvimento da sua viagem. Pessoalmente eu só recomendo duas opções de locomoção na região: carro ou motorhome. O transporte público é quase inexistente, as distâncias são enormes (o que inviabiliza o uso de taxis e uber) e a sua programação pode variar muito de acordo com a previsão do tempo, do seu estilo de viagem…

Nós fomos em 4 pessoas e um bebê e alugamos dois carros. Foi uma ótima pedida. Tínhamos liberdade para fazer a programação que queríamos, no nosso horário, e funcionou muito bem pra gente. Alugamos o carro do Brasil, nesse site aqui.

Outra opção bem legal é fazer essa viagem de motorhome. Queríamos muito, mas achamos que com a Victoria não seria uma opção muito razoável então deixamos essa opção para uma outra oportunidade, mas acho que vale muito a pena também. Você também tem liberdade, faz as coisas no seu tempo e se organiza da forma que funciona melhor pra você.

A dica aqui é a mesma: reserve seu motorhome com antecedência e garanta suas vagas nos campings também com antecedência para não ficar sem ter onde estacionar. Apesar de nunca ter feito uma viagem de motorhome, entendo que a logística é diferente, por isso é fundamental dormir em um “estacionamento” adequado que te forneça energia elétrica, que tenha uma dumping station para você despejar o lixo…

Internet e telefone

Estar conectado é cada vez mais fundamental para mim quando viajo. Não só para postar as coisas em tempo real para vocês, mas também para acessar mapas, tirar dúvidas, checar localizações e me sentir mais livre e segura na viagem.

Nessa viagem usei o chip da EasySim4U. Me entregaram em casa, no Brasil, e já cheguei no Canadá conectada. Faço a troca dos chips sempre dentro do avião. Uma excelente pedida, por exemplo, pra quem vai pedir uber no aeroporto, ou pra quem, como a gente, teve problema com as malas e teve que resolver ainda no aeroporto.

Você tem voz e dados ilimitados, suporte em português, não perde tempo procurando uma loja de telefonia e pesquisando preços… eu acho uma mão na roda e uso sempre nas minhas viagens. (VEJA OS PREÇOS AQUI!)

Nas Montanhas Rochosas, em alguns pontos você fica mesmo sem sinal porque o lugar é no meio de um parque nacional, longe do mundo né? Meus amigos que estão morando no Canadá e tem celular de lá também ficavam sem sinal. Então, achei que vale a pena usar o chip no Pacote América do Norte que eles oferecem.

Roteiro e quanto tempo ficar

Definir o roteiro é uma das coisas mais difíceis nessa viagem. Saber quanto tempo ficar, aonde ir, o que fazer… vou falar para vocês o que eu fiz e o que eu faria de diferente. Isso talvez ajude vocês a montar o roteiro da melhor forma possível.

Como estávamos com a Victoria e tínhamos relativamente pouco tempo, optamos por ficar 4 dias inteiros na região e dividir esses dias de acordo com a programação que a gente queria fazer e com o tempo disponível.

Nosso roteiro ficou mais ou menos assim:

Dia 1: Calgary ? Jhonston Canyon + Peyto Lake
Dia 2: Emerald Lake + Lake Louise + Fairmont Lake Louise
Dia 3: Banff + Two Jack Lake + Vermillion Lake
Dia 4: Hector Lake + Bow Lake + Moraine Lake + Lake Louise

Assim ficaram nossos dias por lá. Fazíamos as coisas com calma, andávamos em volta do lago, tirávamos muitas fotos, parávamos para comer, passeávamos… não estávamos com pressa e nem tampouco tínhamos a intenção de conhecer “tudo”. Mas conseguimos nesses 4 dias conhecer tudo aquilo que realmente queríamos e ficar completamente encantados com a região.

O que eu faria de diferente? Em primeiro lugar, me organizaria para ficar mais tempo por lá. Acho que o ideal é passar pelo menos 5 dias inteiros. Outra coisa que eu não fiz e queria muito ter feito, foi de dormir em Jasper e explorar essa área. Nem chegamos a ir até Jasper por falta de tempo x distância.

O que acertamos na mosca? Na nossa hospedagem. Enquanto 90% das pessoas recomendam que você se hospede em Banff por causa da cidade, acabamos ficando em Lake Louise e foi a decisão mais acertada. Isso nos poupava MUITO tempo nos deslocamentos, pois a grande maioria dos lagos “famosos” fica mais perto do Lake Louise.

Onde se hospedar em Banff e nas Rochosas Canadenses

– Lake Louise

Foi a nossa escolha. Pessoalmente achei incrível a localização do hotel que ficamos. Ele ficava a 5 minutos do Lake Louise e bem perto dos outros grandes lagos, ou seja, quase não perdíamos tempo no deslocamento de um lugar para o outro.

  • Paradise Lodge: Foi a nossa escolha e amamos. Super confortável, bem localizado, equipe atenciosa e tudo super bem cuidado.
  • Lake Louise Inn: Chegamos a reservar esse hotel mas acabamos achando que o Lodge seria melhor pra gente por causa da cozinha, mas foi nossa opção de hotel na região.
  • Mountaineer Lodge
  • Fairmont Lake Louise

– Banff

É a opção mais comum. Tem grandes hotéis, hotéis de rede, apartamentos para alugar… sem falar, que estando em Banff você está na cidade. Pode sair a noite para jantar, pode fazer compras e curtir a cidade em si.

Foto da galeria desta acomodaçãoFoto da galeria desta acomodação(Esse é o Paradise Lodge, o que nos hospedamos e eu amei! Recomendo muito!)

– Canmore

A opção mais afastada de tudo, porém, a mais barata. Em Canmore você vai achar hotéis e apartamentos incríveis a preço de banana. Portanto, se você está querendo economizar na hospedagem, essa pode ser uma boa opção.

– Jasper

A cidade de Jasper é micro, consequentemente não tem muitas opções para quem decide dormir por lá. Ainda assim, acho que vale a experiência.

O que fazer

Resolvi contar aqui um pouco sobre cada lago e lugar que eu visitei por lá e algumas atrações bacanas na região. Aproveitei para falar sobre o nível de dificuldade (De 0 a 5, sendo 0 = a nenhum nível de dificuldade e 5 bem difícil/cansativo)  para chegar e para fazer as trilhas do local e sobre o fato de ser ou não kids friendly. Não no sentido de aceitar ou não crianças, mas sim de ser tranquilo para ir com um bebê/criança pequena.

  • Lake Louise

O lago mais famoso da região é também um dos mais bonitos. Esse não pode ficar de fora da sua lista de “must go” nas Montanhas Rochosas Canadenses. É lá que fica o luxuoso Fairmont Lake Louise e provavelmente é lá que você vai fazer muuuuitas fotos nessa viagem.

Tire uma manhã inteira ou uma tarde para passear por aqui. Você pode alugar um caiaque  (pela bagatela de CAD125 por 30 minutos), andar pela trilha na lateral do lago e claro, dar uma volta no hotel. Nós almoçamos dois dias por lá e foi excelente.

Nivel de dificuldade: 0
Kids Friendly: Sim

  • Moraine Lake

Outro lago lindíssimo e imperdível. Sua água azul turquesa chama atenção no meio da paisagem. Assim como o Lake Louise ele é super tranquilo de chegar e de fazer a trilha em volta do lago.

Quem quiser uma paisagem ainda mais bonita, pode subir até um mirante que tem logo na entrada no lago. A subida é pequena e bem fácil e você não vai se arrepender quando chegar lá em cima e admirar a vista.

Nivel de dificuldade: 1
Kids Friendly: Sim (De canguru ou a pé. Com carrinho não é legal!)

  • Peyto Lake

Outro lago maravilhoso e que não pode ficar de fora da sua lista. Diferente da maioria, esse você não chega pertinho da água. Esse você vê de um mirante lá no alto. Do estacionamento até o mirante é necessário fazer uma pequena caminhada de aproximadamente 10 minutos.

A paisagem lá do alto é surreal de linda. É o azul mais azul que eu já vi, parece até tinta. É incrível e imperdível.

Nivel de dificuldade: 1
Kids Friendly: Sim

  • Emerald Lake

Um dos lagos mais verdes que eu já vi na vida. A cor da água é realmente de esmeralda, não a toa seu nome é esse. O passeio em volta do lago é delicioso e muuuuito fotogênico. Ele é uma ótima opção para quem quer alugar um caiaque para passear sem ter que gastar uma imensa fortuna pra isso. Foi o lago mais barato que achamos para esse tipo de passeio.

É lá que fica o Emerald Lake Lodge, outra opção de hospedagem um pouco mais afastada de Banff, mas no meio de uma paisagem surreal. Pessoalmente, achei meio afastado de tudo, mas se você quer relaxar e curtir o lago, pode ser uma boa opção.

Depois da caminhada pelo lago sentamos no café, tomamos uns drinks, pedimos umas comidinhas para beliscar e curtimos muito a paisagem de cair o queixo.

Nivel de dificuldade: 0
Kids Friendly: Sim

  • Jhonston Canyon

Um dos lugares mais diferentes que você vai ver por lá. É uma grande trilha, dentro de um canyon imenso. A trilha é dividida em duas partes: inferior e superior. A primeira, é a menor e a mais fácil de fazer. A segunda é a continuação da primeira somada a um trecho de subida, que te leva até o mirante de uma super cachoeira.

Pra quem gosta de cachoeiras, paisagens diferentes, rios, pedras, canyons… é um programa imperdível. Mas quem tem pouca disposição física, pode achar um pouco cansativo. Eu gostei muito dessa trilha e acho que vale a pena fazer pelo menos a trilha inferior.

Não esqueça de levar uma garrafinha de água e ir com uma roupa confortável para caminhar. Calcule pelo menos umas 2h entre ida e volta na trilha menor. Se for até a maior pode calcular 3h.

Nivel de dificuldade: 3
Kids Friendly: Difícil (no canguru é tranquilo porém cansativo para os pais pois a trilha é relativamente longa, a pé pode ser cansativo, de carrinho impossível)

  • Hector Lake

Um lago sem pretensão nenhuma, no caminho de Jasper. Paramos para conhecer a achamos lindo. Não o lago apenas, mas a florestinha que precede o lago também. Cheia de árvores com marcas de ursos, galhos… e no fundo, aquele lago verdinho, lindo.

Vale uma paradinha de 15 minutos para fotos, para observar as muitas marcas de ursos nas árevores e para dar aquele check nesse lago também.

Nivel de dificuldade: 0
Kids Friendly: Sim

  • Bow Lake

Outro lago que fica no caminho para Jasper, um pouco antes do Peyto Lake. É enoooorme e verde claro. Muito bonito. Daqueles que sem pretensão nenhuma você encontra na beira da estrada e fica de queixo caído, sabem? Ele é enorme e no cantinho dele tem um Lodge super simpático o Num-Ti-Jah.

Nivel de dificuldade: 0
Kids Friendly: Sim

  • Two Jack Lake e Vermillion Lake

São os lagos mais próximos de Banff. O Vermillion eu não vou nem falar muito porque não achei nada demais e pessoalmente nem achei que vale a visita. Já o Two Jack é bem bonito, mas no dia que fomos estava chovendo MUITO e eu só sai do carro para dar uma olhada rápida. Imagino que em um dia de sol ele fique incrível.

Nivel de dificuldade: 0
Kids Friendly: Sim

  • Icefields Parkway

Eleita uma das estradas mais lindas do mundo. Andamos bastante por ela, mas não chegamos até Jasper. Recomendo o passeio, muitas paradas para fotos, e sempre que puder, sair da highway e cair nela para ver ursos, lagos inesperados, trilhas… Você não vai se arrepender.

  • Banff e Lake Louise Gondolas

Os teleféricos de Banff e Lake Louise são bem famosos por lá. Acabamos não conhecendo nenhum deles porque os dias estavam nublados e porque optamos por conhecer outras coisas quando o sol abriu. Mas em um dia claro, de sol, acho que a paisagem deve ser linda. Tanto de um, quanto de outro.

Dica: Se você optar por ir na gondola de Banff, recomendo que compre com alguma antecedência, ou vá com tempo. Eles são super organizados e por isso os ingressos vendidos na porta tem hora marcada. Não necessariamente aquela hora que você está ali. Quando tentamos ir, só tinha ingresso disponível para 2h depois. Não funcionou pra gente.

  • Fairmonts

Os hotéis da rede Fairmont são muito famosos na região. São, sem sombra de dúvidas, os mais luxuosos que você encontrará por lá. Além de luxuosos eles são muito bem localizados. O Fairmont Lake Louise, por exemplo, é a única edificação próxima ao lago. Além de ter uma vista deslumbrante é uma ótima opção para almoçar, lanchar, jantar ou até mesmo para sentar e ver a hora passar.

Já o Fairmont Banff fica mais no alto de uma montanha na cidade e, assim como seus irmãos da rede, além de luxo e boa localização, oferece ótimas opções de restaurantes e cafés a seus hospedes e visitantes. Sem falar no spa do hotel, que é um sonho!

Por último, o Fairmont Jasper. Esse hotel é tão único na região que muita gente paga para fazer um day use nele. Ele fica na beira de um lindo lago, tem um restaurante com uma varanda enorme e vista de cair o queixo e é o único respiro de luxo que você vai encontrar nessa área. Ainda assim, se não é isso que você está procurando, acredite, vale a pena conhecer. Você vai se encantar com o hotel.

Mas e os ursos?

Infelizmente, nós só conseguirmos ver um urso nesses 4 dias de viagem. Eu queria muito ter visto mais vezes e procurei muito, mas eles se esconderam da gente. Quando postei o video do urso no meu instagram, muita gente me perguntou se não era perigoso e se não estávamos com medo. Pois bem, vou dar algumas dicas que aprendemos lá sobre como lidar nessa situação:

  • Evite comer nas trilhas
  • Se puder use um sininho ou faça barulhos quando estiver na mata fechada
  • Se quiser e se sentir mais seguro compre um spray anti urso na cidade
  • Não tente chegar perto, muito menos passar a mão nos animais
  • Não tente alimentá-los de nenhuma forma.

No centro de Banff, fica o centro de apoio aos turistas, lá você pode obter mais informações de como proceder caso dê de cara com algum urso. Nós só vimos quando estávamos de carro, na beira da estrada.

Aliás, esteja sempre atento: se na estrada você perceber um engarrafamento repentino ou muitos carros no acostamento, não pense duas vezes e pare seu carro. Muitos ursos, mooses e outros animais aparecem com frequência na beira da estrada e os turistas ficam loucos.

Em estrada menores como a 1A, por exemplo, é muito mais fácil você ver animais. Na região de Jasper, que é um pouco menos turística, os animais aparecem com mais frequência também.

Onde comer

Esse vai ser um tópico beeem restrito por aqui por alguns motivos: nós jantamos no hotel todas as noites e durante o dia experimentamos apenas três restaurantes, sendo dois deles dentro do Fairmont Lake Louise. Mas ainda assim, os três estavam incríveis e acho que valem a recomendação.

  • Lakeview Lounge: Um restaurante mais arrumadinho (pero no mucho) dentro do hotel. Porém, com uma vista lindíssima do lago. Todos pedimos sanduiches/hambúrgueres e vinho da casa. Foi excelente!
  • Alpine Social: Outra opção no hotel bem gostosinha. Ficamos na varanda, pegando um solzinho e olhando para o lago. Vale muito a pena. São as melhores opções na região.
  • The Grizzly House: Restaurante especializado em fondue. Fica na rua principal de Banff. Almoçamos por lá no dia que visitamos a cidade. Tudo bem gostoso.


BÔNUS! Sentamos na beira do Emerald Lake para tomar um vinho comer uns queijinhos e admirar a paisagem. Muita gente estava almoçando por lá e o restaurante estava até com fila. Deve ser uma boa opção para quem estiver no lago perto da hora do almoço.

Lake Louise tem um pequeno (bem pequeno mesmo) centro comercial onde você encontra um mercado, uma loja de bebidas, uma padaria, um restaurante e algumas lojinhas de souvenir. Ali é possível comer alguma coisa também. Se você não estiver procurando luxo ou uma restaurante de fato, pode ficar tranquilo que ali tem opção. Nós comprávamos comida nesse mercado para tomar café da manhã e para o jantar no hotel e funcionava super bem.

O que vestir

Se você vai no verão, como eu, saiba que provavelmente as temperaturas vão variar muito durante o dia. As vezes nosso dia começava com 8ºC e no meio do dia chegava a 26ºC, ou seja, a roupa mudava bastante. A melhor dica aqui é: vista-se em camadas e leve um bom casaco de frio, mesmo que você vá no verão.

As trilhas, em geral, são bem tranquilas, então você pode colocar um tênis confortável ou um sapato de trilha se você tiver. Eu fazia todas de tênis e calça jeans. Não é nem um pouco necessário comprar uma roupa específica para fazer nenhuma dessas trilhas/lagos/cachoeiras que eu citei no post.

Leve uma roupa de banho, pois em alguns lagos é permitido mergulhar. Então, se você não tiver frio e tiver coragem pode dar um mergulho nessas águas verdinhas incríveis. (Obviamente não foi o meu caso, mas o Alexandre e o Thiago, nosso amigo que viajou com a gente, mergulharam).

Dá pra ir com bebês e crianças pequenas?

Sim! Dá sim e é bem tranquilo. Quase todas as trilhas são acessíveis ou tem uma parte que é acessível. Os passeios são bonitos, as crianças costumam curtir as paisagens e ficam encantadas com tudo.

Claro que se você é do tipo radical, talvez você perca alguma coisa, deixe de fazer alguma trilha… Mas tudo que eu citei nesse post eu fiz de carrinho ou canguru com a minha filha de 11 meses e foi beeem tranquilo.

O que eu não faria? Não alugaria um motorhome com bebê. Não faria e não fiz. Mas fiquei com vontade e quando ela for maior, quem sabe…

Se você se questiona com relação a comida, lá tem muitas opções de apartamente/flat com cozinha (que em geral são até mais baratos que os hotéis em si). Foi o nosso caso. Optamos por um apartamento com mini cozinha e conseguíamos adaptar a nossa alimentação a e dela numa boa por lá.

Se o seu filho já for maiorzinho, todos os restaurantes que fomos tinham uma opção de kids menu, normalmente com um tipo de massa, carne com batata, frango empanado…

Ufa! Esse post ficou imenso, mas acho que está bem claro e informativo. Se vocês ainda tiverem alguma dúvida, não hesitem em perguntar. Assim como eu achei a preparação para essa viagem meio confusa talvez vocês também achem. Tentei esclarecer aqui todas as dúvidas que eu tive antes de ir e acho que isso pode sanar um pouco os questionamentos de vocês.

Para ler mais posts sobre o Canadá clique abaixo:

Viajamos em junho de 2018. Victoria tinha 11 meses.

Croácia, Destinos, Plitvice

Plitvice | Croácia

29 ago 2016

lagos plitvice lakes croácia coisas que amamos viagem europa dicas 3Acho que esse vai ser um dos posts mais difíceis de escrever dessa minha viagem para a Croácia. No fundo, no fundo, os lagos Plitvice foram o grande motivador dessa minha viagem. Eu sempre vi fotos e ficava encantada, boquiaberta e pensava que um dia queria conhecer esse lugar tão lindo. Mas sabe quando é aquele “um dia” que é meio distante?! Aconteceu mais rápido do que eu esperava. E conseguiu ser tão ou mais incrível do que eu imaginava.

Fotos lindas, lagos de águas cristalinas verdinhas, aquelas pontes por cima da água e todas aquelas cachoeiras… era isso que eu queria ver. Foi exatamente isso que eu vi e que me deixou completamente apaixonada e embasbacada (desculpem o palavreado). Antes de começar esse post, a primeira coisa que eu posso te falar é: se você vai a Croácia, reserve pelo menos um dia para conhecer Plitvice. Você não vai se arrepender.

Leia Mais
Brasil, Destinos, Teresópolis

Parque Nacional da Serra dos Órgãos

30 jul 2015

IMG_1255Acho que você puderam acompanha tanto pelo Instagram quanto pelo Snapchat (@coisasu – principalmente por lá) que eu estive em Teresópolis, região serrana do Rio, esse final de semana. Aproveitei que estava por lá para fazer passeios diferentes, conhecer restaurantes e lugares novos. Um dos lugares que conheci foi o Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso).

O lugar é ótimo, super bem preparado para receber os visitantes. Você pode ir de carro se quiser ou pode ir a pé. Eles cobram a entrada. Custa R$14 por pessoa + R$10 por carro (moradores de Teresópolis não pagam). Parece meio carinho, e talvez seja mesmo, mas ainda assim acho que vale a pena a visita. O lugar é lindo, a estrutura é bacana e o passeio é bem diferente do tradicional.

IMG_1272 IMG_1249Nós fomos de carro, paramos no primeiro estacionamento e fomos ao Centro de Informações saber mais sobre as trilhas, sobre o parque… Uma guia nos deus dicas e explicou algumas das melhores trilhas e caminhos a fazer. Optamos por fazer a trilha do Cartão Postal + Trilha Suspensa. As duas juntas dariam umas 3h de atividade em níveis leve e moderado, o que estava excelente para nós dois.

Pegamos o carro a subimos mais um pouco para estacionar no meio dessas duas trilhas. Daí optamos por começar pela suspensa pois ela era mais leve e seria um excelente aquecimento. Dito e feito. Ela é super tranquilinha e as crianças amam. Cheia de bichinhos, pássaros e uma flora super diferente. Entre a subida e a descida você não leva mais de 50 minutos.

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IMG_1270Depois dessa, fomos caminhando para a trilha do Cartão Postal. Essa é nível moderado (eu achei bem cansativa, mas sou meio paradona então pode ter sido isso!) e na teoria você leva uns 40min para subir e 20 min para descer. Eu levei quase 1h para subir e uns 40min para descer. Ela tem muitos degraus e para pessoas com problema no joelho, como eu, isso é um complicador.

Mas quando a gente chega lá em cima a paisagem recompensa. É de fato um cartão postal lindíssimo. Você fica de frente para o Dedo de Deus e consegue ver tudo, até a Baía de Guanabara, o Cristo e o Pão de Açúcar (beeeeem longe, claro!). Depois tem que descer a barranqueira toda. É legal! Não sei se é muito adequado para crianças, mas…

IMG_1261IMG_1265 IMG_1259Além dessas trilhas você pode encontrar várias outras, além de cachoeiras, poços para mergulho, piscinas naturais, uma área para camping e outra para mergulho. O lugar é todo preparado para receber os visitantes com lanchonete e banheiros na Sede e toda uma estrutura para explicar tudo que você quiser saber relacionado ao parque.

Achei bem legal e um passeio diferente de se fazer por lá! Se quiserem mais informações, podem clicar aqui.

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Bonito, Brasil, Destinos

Bonito | Mato Grosso do Sul

18 fev 2014

Nossa, não sei como não tinha percebido antes que minha viagem para Bonito ainda não tinha virado post por aqui. Só me dei conta porque alguns amigos pediram dicas de lá e eu não achei nada aqui no blog. Mas vou me redimir e contar em detalhes para vocês como foi meu Carnaval de 2009 em Bonito. Sei que faz tempo, mas acredito que não tenha mudado tanto assim desde quando eu fui.

coisas que amamos diario de viagem bonito mato grosso do sul 1

Como chegar

Peguei um vôo para Campo Grande e de lá um transfer para o meu hotel em Bonito. Como comprei um pacote de viagens, o transfer já estava incluído no preço e foi uma mão na roda, pois a cidade de Bonito fica a 300km de Campo Grande. Quem preferir pode alugar um carro e ficar tranquilo, a estrada é ótima, toda asfaltada e super bem sinalizada.

A vantagem de alugar um carro é ter mobilidade para ir e vir no seu tempo e da forma que você quiser. A desvantagem é que dentro de Bonito quase não há sinalização, então ir e vir acaba sendo complicado. E se você pensou em usar um GPS ou google maps, nem se anime tanto, a base de dados é antiga e quase não mostra as estradas corretas, ou seja, pode ser bom e mais barato, mas pode ser uma tremenda furada também.

Você também pode chegar a Bonito de avião, a Azul voa para lá em alguns dias da semana. Ou ainda, se você preferir, pode ir até Campo Grande e de lá pegar outro transporte para Bonito. Minha sugestão é o transfer que te deixará na porta do hotel. O valor médio é de R$ 90/pessoa, enquanto o ônibus que sai de Campo Grande para lá (e leva mais ou menos 5h) custa uns R$75.

Onde ficar

Não posso dar muitas indicações pois só conheci o meu hotel (que eu adorei, por sinal) e o resort que um amigo se hospedou. As duas eram ótimas, e tinham valores bem distintos. Mas o que não falta são opções de hospedagem por lá. Escolhi a minha de acordo com o pacote que eu comprei e com a localização. Da minha pousada, eu podia ir a pé para o centrinho. Não era a pousada mais central, mas super dava para ir andando. Essa mobilidade era ótima, afinal, eu não estava de carro por lá, e tive dificuldade de conseguir táxi no único dia em que precisei de um (pode ter sido azar, mas…).coisas que amamos diario de viagem bonito mato grosso do sul 2O meu hotel era o Águas de Bonito. Super bacaninha, confortável e perto do centro. Um hotelzinho sem luxo mas bastante limpo e confortável. Já o do meu amigo, era o Zagaia, um resort um pouco maior e mais afastado da cidade. Acho que com criança escolheria a 2a opção por ter mais atrativos e lazer para os pequenos.

UPDATE: (Jan/22) Acabou de ser inaugurado um hotel super bacana em Bonito chamado Promenade All Suites. A ideia é trazer um pouco mais de conforto as hospedagens da região e eles parece que eles foram certeiros. Já preciso voltar a cidade com as meninas para conhecer.

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Onde comer

Isso foi um dos assuntos que eu mais pesquisei antes de ir pois fiquei com medo de passar perrengue por lá no quesito comida. Não é que eu me enganei redondamente?! Comi muitíssimo bem, obrigada.

Me lembro de ter gostado muito de dois restaurantes, o Cantinho do Peixe, que é mais simples e tem uma comidinha deliciosa, e o Taboá, que faz a sua própria cachaça e é super pop por lá. Recomendo os dois. Fora isso, comi uma noite no hotel e uma outra noite em um dos restaurantes do centro que oferecem diversos tipos de carne como jacaré e cobra. Achei que seria divertido experimentar uma coisa que é tão diferente pra mim, mas tão comum para eles (fiz o mesmo no Camboja!).

O que fazer

São muitas opções de passeios bacanas em Bonito, você vai ter que escolher os seus de acordo com o tempo disponível e com seu estilo de programação. Fiquem ligados: quase todos os passeios precisam ser reservados com antecedência (normalmente por intermédio de alguma agência). Alguns, como o Abismo Anhúmas tem que ser reservados com até 3 meses de antecedência.

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– Gruta do Lago Azul: É um dos passeios mais tradicionais de lá. Você entra na gruta e lá em baixo tem a oportunidade de ver aquela água super azulzinha e tirar muitas fotos. Mas nem pense em mergulhar na água. Antigamente isso era permitido, mas depois que eles descobriram algumas espécies raras (aka bacterias e coisas micras não visíveis a olho nu) que só existem lá o mergulho foi proibido. Preço médio: R$40/pessoa.
– Flutuações: As mais famosas são as do Rio da Prata e Sucuri. Assim como os outros passeios, elas devem ser reservadas com antecedência pois exigem uma roupinha especial e um guia. Os valores ficam a partir de R$ 100/pessoa.
– Buraco das Araras: É um buraco imenso onde ficam várias araras. Bem bonito de ver. É um passeio que pode ser combinado com a flutuação do Rio da Prata. Dizem que o melhor horário para ver as araras é no entardecer. Eu fui e não vi tantas assim, mas ainda assim valeu o passeio.
– Abismo Anhumas: É um passeio que mistura mergulho/snorkel com rapel. Exige um treinamento (sim, treinamento) é o passeio mais caro oferecido por lá, preço médio de R$450/pessoa para snorkel e R$ 650 para mergulho com garrafa. Lembre-se de fazer a reserva com (bastante) antecedência e marcar seu treinamento assim que chegar na cidade.
– Cachoeiras, “praias” e estâncias: Visitei a Estância Mimosa (R$120/adulto com almoço), que é lotada de cachoeiras deliciosas e tem um almoço+redário de dar inveja, super valeu o passeio. Fui também na praia da Figueira, mas não curti muito. Talvez com criança seja mais bacana. É uma praia de rio com muitos peixes e atividades de lazer como pula pula, tirolesa, ping pong…
– Rafting: Fiz o tal rafting no Rio Formoso, e se alguma vez na vida você já fez rafting não acredite que isso aqui é um rafting de verdade. Achei que tava mais pra um passeio de barco com umas poucas quedinhas. Para as crianças e para os adultos menos aventureiros vai ser um passeio bacana. Preço médio: R$80/pessoa.

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Dicas

– Não esqueça de levar um tênis para fazer os passeios como o Gruta do Lago Azul. De chinelo dá pra fazer, mas é bem mais difícil e escorregadio.
– Repelente (daqueles potentes) também são importantes.
– Não beba água, suco ou gelo na cidade… nós não estamos acostumados com o nível de salinidade que a água deles tem e isso pode causar um super mal estar e estragar a sua viagem.
– Biquinis e roupas que possam molhar são fundamentais para fazer os passeios, assim como uma toalhinha no carro para se secar depois.
– Curta o momento “redário” que todos os passeios oferecem e tire aquele cochilo gostoso depois do almoço.
– Não se preocupe com máquinas a prova d´água. A cidade tem diversas lojinhas que alugam por um preço bem acessível e muitos passeios incluem esse tipo de aparato.
– Dica para as mulheres: passem muito creme nos cabelos antes de começarem qualquer flutuação. São tantas horas dentro d´água que quando você sai parece que tá com uma vassoura na cabeça de tão duro que fica o cabelo.
– Muito protetor solar é pouco. Passe e repasse sempre que tiver a oportunidade.
– Bonito é uma cidade pequena, portanto, não precisa de looks arrumadíssimos. Roupas simples são ótimas para todas as situações.

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Destinos, St. Maarten

I´m in love with… Pôr do Sol no Caribe!

26 fev 2010

 

E alguém pode negar que imagens falam mais do que mil palavras? Preciso dizer mais alguma coisa? Até agora estou encantada com essa foto que eu tirei. Não é a toa que o pôr do Sol de St. Maarten está concorrendo como um dos mais bonitos do mundo. Grande chances de ganhar! É lindo mesmo.