Não sei o que vem a cabeça de vocês quando falo de Cidade do Cabo, mas na minha cabeça a única coisa que vinha (antes das minhas super pesquisas se iniciarem) era o tal Cabo da Boa Esperança que eu tanto tinha ouvido falar nas aulas de história do colégio. Nunca foi um sonho conhecer esse tal Cabo, mas quando surgiu a oportunidade não pude deixar escapar e não é que fui surpreendida? A Cidade do Cabo oferece muito mais do que apenas o Cabo da Boa Esperança e valeu super a pena conhecer um pouquinho mais dos outros prazeres que essa cidadezinha oferece.
O que fazer:
- Passeio para a península/Cape Point passando por Camps Bay, Chapmans Peak Drive e Boulders Beach.
- Vinícolas – atenção por que a maioria das vinícolas não oferece o passeio para conhecer a parte da produção. Informe-se se a vinícola que você vai visitar tem o “cellar tour” que é esse passeio pela parte da produção dos vinhos e pelo interior da vinícola. Visitei em Stellenbosch a Asara para o wine tasting. Além de linda tem vinhos deliciosos. Para o cellar tour fomos na KWV, a maior vinícola da África do Sul. Os vinhos não eram os melhores e o passeio também não era lá grandes coisas, mas… ela ainda é a maior da região. A maioria das vinícolas oferecem o “Tasting tour” que nada mais é do que degustar os vinhos vendidos por eles. Para isso você deve pagar uma valor que fica em torno de R50 e escolher os vinhos que quer provar.
- Table Mountain – Eu pessoalmente adorei esse passeio! Não sei se pela sorte que eu dei ou pelo passeio em si, mas adorei! Tirei fotos lindas que valeram todo o esforço que fizemos para conseguir conhecer o topo da Table Mountain. A dica é: quando o tempo abrir corra para conhecer. Corra não é modo de dizer! O tempona Cidade do Cabo é super instável e quando venta muito ou chove demais o bondinho não sobe. Vale a pena ligar pra lá antes de ir porque muitas vezes o bondinho esta aberto porém não tem visibilidade nenhuma lá de cima. Comprando os tickets pela internet você evita as filas que muitas vezes são imensas.
- Waterfront – Um ótimo lugar para passear e jantar. É uma espécie de porto arrumadinho. É lá que tem a “Cape Town Eye” (aka roda gigante), o Aquário, um mercadinho de produtos típicos e um shopping super bacaninha.
- Robben Island – infelizmente não tive tempo suficiente para conhecer, mas é a ilha que o Mandela passou alguns anos de sua vida preso. Dizem que é uma visita muito interessante. Quem quiser ir deve comprar os tickets pela internet pois como o número de visitantes é controlado, os tickets são limitados por dia e são super difíceis de conseguir.
- Mergulho com tubarões brancos e super bungee jump: essas atracões são para os mais radicais. Ambas ficam um pouco afastadas da cidade. Para o mergulho o que não faltam são agências especializadas que oferecem o passeio. No waterfront tem algumas e o seu hotel deve ter alguma outra para sugerir. O preço é bem altinho, mas pra quem quer muito, acho que vale a experiência. Para o bungee jump, você pode ir de carro dirigindo ou com uma agência especializada que o próprio concierge do seu hotel pode indicar.
Onde comer:
A Cidade do Cabo oferece milhares de opções de restaurantes, inclusive alguns que são indicados como melhores do mundo. Pois é, comer bem não é um problema por lá e para quem está preocupado com o tipo de comida, podem se acalmar, a comida de lá é super internacional. Selecionei três restaurantes que me indicaram para vocês. Acho que dá pra começar por ai e se aventurar nas muitas opções que a cidade oferece.
- Balthazar – Waterfront. Carinho mas delicioso.
- Two Oceans – Cape Point. Quando eu fui estava fechado para obras infelizmente.
- Cafe Caprice – Para badalar em Camps Bay. Domingo é o dia que lota.
- Harbour House – restaurante super lindo especializado em frutos do mar no V&A Waterfront
Como passear por lá
Na Cidade do Cabo você tem várias formas de locomoção. Você pode alugar um carro e dirigir livre, leve e na mão inglesa por lá (Ui!). Pode usar o transporte público que não é dos melhores. Pode tentar negociar com algum taxista para ficar de motorista particular te levando pra cima e pra baixo. Pode usar aqueles red buses (hop on, hop off) que infelizmente não chegam a todos os pontos e são carinhos (R150 por pessoa). Ou pode optar por uma agência que faca o seu transporte e te leve para os passeios.
Essa foi a minha opção. De todas acima foi a que me pareceu mais simples de fazer. Talvez não seja a opção mais barata, mas foi muito cômodo para mim fazer dessa forma. Escolhi a Wow Cape Town Tours depois de muita pesquisa na internet e não me arrependi. Fui super bem atendida pelo Rushdi e achei o preço cobrado por ele bem honesto. Ou seja, está super recomendado. Dica! Na hora que estiver orçando os preços com as agencias de uma “choradinha”, negocia, peça desconto. Em geral dá pra diminuir alguma coisa.
Aqui do Brasil mesmo fiz contato com ele e reservei os passeios que eu queria. Como eu estava com um grupo de 6 pessoas foi tranquilo fazer com que ele “fechasse” uma van só para o nosso grupo e fizesse um tour privado pelo mesmo preço do não-privado. Se você não liga para isso fique atento por que quando o tour não é privado, em geral, o preço é mais baixo.
Onde ficar:
Eu daria duas opções nesse caso: Waterfront e Camps Bay. Acho que além de serem os lugares mais seguros/turísticos da cidade, são também os bairros mais agitados, que vão reunir desde os melhores restaurantes e lojas até as melhores boates da cidade. Proporcionando entretenimento para os mais jovens e agradando os não tão jovens assim.
No quesito balada e jovens Camps Bay é campeão. O bairro mais chique reúne os melhores hotéis, mansões e restaurantes da cidade. É aquele lugar para ver e ser visto. Já o Waterfront é o mais tradicional e lindo. Com vista para a Table Mountain oferece atracões para todas as idades e uns dos melhores shoppings da cidade.
Fiquei hospedada no Waterfront Village. Uma rede de apartamentos/flats que podem ser alugados por famílias, casais e viajantes solitários. Fica a 5 minutos a pé do Waterfront e é uma região bastante segura, o que é um ponto muito positivo quando se trata de África do Sul. Eu amei o apartamento e recomendo muito pela localização e pela estrutura que eles oferecem.
Um dos mais conhecidos de lá é o Victoria & Albert Hotel. Mas há outras opções tão boas ou até melhores. O Cape Grace, One and Only e o The Table Bay são algumas uma delas. Outras opções mais acessíveis são: Protea Hotel by Marriot, South Beach Camps Bay, Camps Bay Resort, Southern Sun Waterfront e Southern Sun The Cullinan.
Compras
Com a moeda menos valorizada que a nossa fazer compras na África do Sul se torna uma maravilha pra qualquer brasileiro. Só fui a esse Shopping do Waterfront e ele bastou para mim. Como não tinha a intenção de fazer compras não posso me aprofundar muito no assunto mas posso dizer que valeu super a pena comprar umas coisinhas na MAC, por exemplo. Um corretivo pro longwear e um batom custou aproximadamente R$95. Quando aqui no Brasil só o batom custa R$70.
Seguro Viagem:
Para entrar na África do Sul você não é obrigado a apresentar nenhuma comprovação de que tem um seguro de viagem, como é feito na Europa. Porém, como sempre falo por aqui independente de onde você vá, na minha opinião, é imprescindível ter um seguro. É o famoso “Vai que…”. Muita gente usa o do cartão de crédito e eu já falei sobre os prós e os contras aqui.
Hoje em dia, recomendo uso esse site aqui, que é um comparador de preços e coberturas. Já alguns anos fecho com eles e gosto muito. Agora, eles são parceiros do blog, então, confio ainda mais.
Para comprar aquelas lembrancinhas tipicamente africanas também no Waterfront (pertinho do aquário) tem um mercado/feirinha que vende essas coisas. Outra opção é o Green Market, uma feirinha que fica mais no centro da cidade. No passeio para o Cape Point, na parada para visitar a ilha dos leões marinhos tem umas barraquinhas no porto que vendem produtos “tipicos” da região. Nesse lugar é super mais barato comprar as coisas. Pode colocar seu lado pão-duro em prática e pechinchar tudo por que funciona com eles.
Outros:
Malária – África do Sul pra muita gente é sinônimo de malária. Pros neuróticos, como eu, fiquem tranquilos. As farmácias vendem repelentes e sei que existe uma medicação que pode ser tomada para previnir (consulte o seu médico antes). Eu não tomei porque me disseram que a reação ao remédio era meio forte e como eu ia seguir viagem achei meio arriscado tomar. Os sul africanos, dizem que no inverno o risco de malária é bem pequeno, quase zero, então, menos uma preocupação para quem vai nessa época.
Tax Refund – Sim, na África existe o nosso querido Tax Refund. Para conseguir seu dinheirinho de volta você precisa apresentar além da nota fiscal de compra, o produto em si. Então se quer pegar o valor das taxas de volta, chegue cedo no aeroporto e antes de despachar as malas procure o posto de atendimento do Tax Refund. Eu resolvi em cima da hora fazer o meu e não tinha vários dos produtos em mãos porque já tinha despachado as malas, mas passei no posto e peguei um formulário que deve ser preenchido e enviado pelos correios. Ainda não fiz, e honestamente, não sei se vou fazer, mas não custa nada apresentar pra vocês essa outra possibilidade.