Engraçado como algumas cidades surpreendem a gente né? Foi exatamente isso que eu senti com Budapeste. A cidade é arrebatadora, sua beleza é incrível, sua história é massacrante e tudo isso junto faz dela uma cidade surpreendente e mexe com qualquer um.
Pra começar é um combo 2 em 1. Você vai a Budapeste e acaba conhecendo duas cidade: Buda e Peste, que são separadas pelo Rio Danúbio. Buda fica no alto da colina, onde tem o castelo, suas igrejas e construções góticas e muita história. É um lugar gostoso, mais calminho e com muitas residências. Peste é o lado plano, moderno, imponente, onde tem o parlamento e a vida da cidade. Aqui tem agito, vida noturna, bares, hoteis badalados e tudo que você pode imaginar no superlativo.
Onde ficar
Eu amei Buda, mas acho que na prática, se hospedar em Peste é a melhor opção. Além de vários meios de transporte, você pode fazer muita coisa a pé e acaba ficando pertinho de tudo. Eu me hospedei no Zenit Hotel e amei. Ele fica quase na beirinha do Rio, pertinho da Chain Bridge e de vários restaurantes e pontos turísticos. Em breve farei post só sobre ele e posto aqui.
Quando estava lá tive a oportunidade de conhecer o Four Seasons, e gente, se vocês puderem pagar, não pensem duas vezes e se hospedem lá. Sem a menor dúvida é o melhor hotel da cidade. Ele fica de frente para a Chain Bridge e é lindo de morrer. Na minha próxima visita a cidade, vou me hospedar lá! <3
Mas se você procura um hotel bacana com bom custo x benefício, o Buddha Bar é uma opção legal. Era o que eu ia escolher quando estava resolvendo a hospedagem. Outros que me sugeriram e eu gostei muito foram: Sofitel Chain Bridge, Roombach, Bohem Art Hotel e Casati.
Como se locomover
Budapeste é um cidade excelente para bater perna. Essa é sempre a minha primeira opção quando o assunto é conhecer um lugar novo. Mas exatamente por ser uma cidade grande, nem todo local é fácil de chegar a pé. Mas não pense que isso é um problema. O que não faltam são opções de transporte para os turistas em Budapeste.
Para sair do aeroporto eu agendei um transfer com o meu hotel e foi ótimo. Super cômodo, prático e o mesmo preço de um taxi, que custa aproximadamente 45 euros. Outra opção bacana é o Airport Shuttle. Super seguro e bem indicado por todos que usaram. Se você estiver com pouca mala ou com a grana curta, não se preocupe, trace a rota com o Google Maps e você conseguirá chegar no seu hotel tranquilamente mesclando ônibus + metrô.
Na cidade, andei bastante de ônibus. Achei prático, cômodo e simples de entender o funcionamento. Você pode comprar seus tickets em bancas de jornal e lojinhas próximas aos pontos ou, em alguns casos, com o próprio motorista do ônibus. É raro alguém te pedir o ticket, mas não deixe de comprar, pois os ficais ficam a paisana e podem aparecer a qualquer momento, e se você não estiver com o ticket validado (nas máquininhas dentro do ônibus) em mãos, vai levar uma multa daquelas.
Além disso, em Budapeste você encontra a linha de metrô mais antiga do mundo. É um bônus dar um descanso para as pernas enquanto aprecia o metrô mais antigo de todos né? Os trens de superfície também são uma ótima opção, principalmente a linha que passar costeando o Danubio (acho que é o nº 2). Last but not least, temos o funiculare que te leva ao Castelo de Buda ou a parte alta da colina. É bem turístico e carinho, mas vale subir ali pelo menos uma vez para conhecer.
Quanto tempo ficar
Cidade grande = mutos atrativos. É isso que você pode esperar dessa cidade. Eu fiquei 2 dias e meio e organizei meus dias da seguinte forma:
Dia 1: Chain Bridge + Castelo de Buda + St. Mathias Church + Fisherman Bastian + Monumentos dos Sapatos + Parlamento + Praça Elisabeth + Gozdu
Dia 2: Basílica de São Estevão + Bairro Judeu + Museu do Terror + Av. Andrassy + Praça dos Heróis + City Park + Széchenyi Furdö + Szimpla Kert Ruin Pub
Sei que parece muita coisa, mas acreditem não é tanto assim. Como muitas dessas coisas são apenas para você dar uma passada, é fácil agregar todos esses programas juntos.
Acho que ficar 3 dias inteiros na cidade é mais do que suficiente para você conhecer um pouco de tudo, curtir a cidade com calma, fazer os passeios que tiver mais vontade e passear. Meu meio dia, gastei tomando café da manhã na Gerboud, uma das mais antigas e tradicionais cafeterias de lá e passeando pela Váci U, a rua das comprinhas de lá. No dia que cheguei a noite só tive tempo de passear perto do hotel e jantar por ali mesmo.
O que fazer
Aqui em cima dei um resumão do que eu fiz em Budapeste e acho que é basicamente isso que tem pra fazer. Não dá muito para tirar nem pôr no roteiro…
- Chain Bridge: A ponte mais famosa e mais importante da cidade. Liga o lado de Peste ao lado de Buda e é lindíssima. Não deixe de passar por ela a noite, quando fica ainda mais linda iluminada.
- Castelo de Buda: Foi a casa de vários reis da Hungria desde sua construção. Ele abriga a Galeria Nacional, o Museu Histórico e a Biblioteca. Se quiser conhecer seu interior pode fazer um desses tours. Quando eu fui estava tendo um evento e o castelo estava fechado para visitação. Mas ainda assim adorei a vista e achei que valeu muito passear pelos jardins.
- Igreja de São Mathias: Acho que foi uma das igrejas mais lindas e diferentes que eu já vi. Ela é toda branca por fora, com suas telhas super coloridas e dentro é lindíssima também. Fica a poucos passos do castelo.
- Bastião dos Pescadores: Nada mais é do que um terraço/observatório, logo não poderia deixar de ter uma das vistas mais lindas de Budapeste. Você fica de cara com a Chain Bridge e o Parlamento é lindo demais. As fotos daqui ficam incríveis. Fica bem em frente a Igreja de São Mathias.
- Monumentos dos Sapatos: Uma homenagem aos judeus que foram mortos e jogados no Rio Danúbio. Fica em Peste, bem pertinho do Parlamento.
- Parlamento: É um dos pontos turísticos mais famosos (e lindos) de Budapeste. A noite fica ainda mais incrível. Se estiver por Buda no fim do dia, não deixe de tirar lindas fotos desse prédio. O parlamento demorou 20 anos para ficar pronto e hoje, parte dele pode ser visitada pelos turistas. A outra parte é usada para fins políticos. Os ingressos podem ser comprados aqui e tem hora marcada.
- Basílica São Estevão: Essa é uma das maiores igrejas do país, cabem até 8 mil pessoas. Lá dentro você encontra a mão do santo e outras celebridades/políticos/santos que estão enterrados ali.
- Museu do Terror: É um daqueles lugares que precisa de estômago forte para visitar. Conta toda a história do nazismo e do comunismo na Hungria e homenageia todas as vítimas. O prédio foi escolhido a dedo. Ele foi a sede do Partido da Cruz Flechada e depois do serviço de segurança secreta do partido comunista. Ufa! Clima pesado, mas imperdível.
- Széchenyi Furdö: Um dos lugares mais diferentes de Budapeste. É uma spa termal com mais de 20 piscinas para você passar o dia e se deleitar. Ele fica no City Park (atrás da Praça dos Heróis) e é um dos mais antigos e famosos da Hungria. Apesar de “meio farofa” eu adorei a experiência e acho que valeu muito o programa. Leia mais aqui.
Onde comer/beber
Nossa, como tem restaurante bacana e gostoso por aqui. Recebi tantas indicações que obviamente não consegui experimentar todas, mas vou recomendar algumas para vocês e dizer o que realmente valeu e o que não valeu a pena.
- Kiosk: Restaurante/Balada super gostoso e bem frequentado pertinho do Danúbio. Ótima opção para quem quer um jantar mais animadinho. Aliás, o animadinho fica só pra sextas e sábados tá? Nos outros dias é um restaurante como todos os outros.
- Buda Peste: Fica do lado de Buda, no alto, pertinho da igreja de St. Mathias. Comida deliciosa e ambiente super aconchegante. Não deixe de pedir o schnitzel que é um espetáculo.
- Kolláz: O restaurante do hotel Four Seasons. Pra comer por lá, você nem precisa entrar no hotel. A comida é incrível e os drinks são excelentes. Peça uma recomendação ao meitre e aproveite a vista se comer na parte de fora. De um lado a Chain Bridge, do outro a Basílica.
- Gozdu: Essa é uma rua de pedestres e nela você vai encontrar vááárias opções de bares e restaurantes. São opções mais jovens e simples mas nem por isso menos gostosas. Eu comi no Simpla e adorei. Vale também para ir depois do jantar tomar uns drinks.
- Szimpla Kert: Os ruin pubs são bares hospedados em edifícios-ruína que estão abandonados. Essa é uma prática bem comum por lá e esse é um ponto que você não pode perder na cidade. O Szimpla foi o primeiro deles e continua sendo um dos mais famosos. Se quiser garantir um lugar chegue cedo pois a noite ele fica lotado. É no bairro judeu que você vai encontrar a grande maioria deles. Se quiser ver todos, clique aqui.
Compras
Budapeste é uma cidade bacana para se comprar. Apesar de ser Europa, está longe de ter os preços elevados como Paris e Londres. Pelo contrário, sua moeda, o florim, é ótima na hora de fazermos a conversão. Muitas lojas como Zara e H&M colocam o preço em euros e em florins na etiqueta e se você fizer uma conta rápida, irá perceber como é vantajoso comprar por lá.
A Vaci Utca foi a minha rua preferida para as comprinhas. É lá que você vai encontras as fast fashions que mais gostas, lojas de óculos, souvernir e etc. Não espere encontrar luxo por aqui. O objetivo dessa rua é oferece aos clientes muitas opções de lojas com preços bons, e o melhor, ela é totalmente fechada para os pedestres e você pode passear por ela sem preocupação.
Já na Andrassy, você vai encontrar as grandes marcas. Ao lado da lindíssima Ópera você tem uma Louis Vuitton, um pouco mais a frente encontra marcas como Gucci e Cartier. Se você procura lojas mais luxuosas esse é o endereço certo para você.
Acho que com esse post eu consegui dar um panorama legal para vocês né? Assim vocês ficam conhecendo a Budapeste através dos meus olhos. E acho que aqui consigo esclarecer as muitas dúvidas que a maioria de vocês tem sobre o turismo em Budapeste: onde fica, o que fazer, onde comer, como chegar… Espero que curtam esse post e usem muito as dicas que deixem por aqui. Se alguém tiver outras dicas ou sugestões sobre essa cidade linda compartilhe com a gente e escreva aqui nos comentários.